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terça-feira, 26 de novembro de 2013

FERNANDO DE NORONHA - SISTEMA VIÁRIO SÉCULO XVIII - por Márcio Dumel



Em Fernando de Noronha é possível caminhar por estradas seculares, construídas à partir do ano de 1737 -  hoje são estradas abandonadas, porém com muitos trechos ainda com calçamento original... Essas vias interligavam todo o sistema defensivo espalhados pela ilha...  Foram estradas bem planejadas, quase que totalmente planas, apesar da ilha ser montanhosa... caminhar por essas estradas seculares encontram-se poucas ladeiras, as estradas foram construídas em curva de nível, contornando as montanhas... Era um planejamento que atendia bem as necessidades defensivas  da ilha... já que os veículos eram movidos por tração animal...  Na época, o importante era ter uma certa mobilidade na hora de abastecer as fortificações com víveres e munição.

Vila dos Remédios, termina o asfalto e começam as vias seculares
Estrada que dá acesso ao Jardim Elizabeth, local em que os holandeses faziam aclimatação de vegetais no século XVII

Início da rua da Estrela e ruínas de edificações holandesa do séc. XVII - infelizmente tudo em estado de abandono.








Rua da Estrela - Trilha que começa ao lado do Palácio São miguel na Vila dos Remédios, segue até o forte São João Baptista dos Dois Irmãos no alto da falésia da baía dos Porcos




  • Detalhes de uma edificação portuguesa do século XVIII  e os diferentes materias usados na construção: *fonolitos, *calcarenitos, *glemuíritos, *tijolos de barro.
Vila dos Remédios "setecentista" e Canhões da segunda guerra mundial 




Pouco mais de cem anos, após a saída dos holandeses do arquipélago de Fernando de Noronha, os franceses, na sua terceira tentativa de posse aos territórios portugueses (Noronha era um território ultramarino português), sob o comando do Capitão Lesquels desembarcaram em Fernando de Noronha com intenção de construir um ponto de apoio para os navios da Companhia francesa das Índias ocidentais, um consórcio do governo francês e  grandes investidores.  Como já imaginavam e constataram... A ilha estava abandonada e logo foi batizada de "Ile Dauphine". A ocupação logrou êxito por pouco mais de um ano, depois foram expulsos pelos portugueses e pernambucanos. A coroa portuguesa resolveu ocupar a ilha (1737), construir um sistema defensivo com dez fortificações, instaladas nos principais pontos de desembarque...  O responsável pelo grandioso projeto foi o especialista português Diogo da Silveira Veloso também incluía um sistema viário interligando todas as fortificações e vilas... Para colonizar e ter  mão-de-obra para tantas construções, a ilha foi transformada em colônia correcional, ativa até 1938.


Paiol de pólvora da Fortaleza Nossa senhora dos remédios, posteriormente foi transformado em cela.

No imaginário dos antigos colonizadores da ilha o "Pico" era uma figura misteriosa... envolvida em muitas lendas.

Pátio da Fortaleza dos Remédios


Via Secular


Ruínas do Forte Santo Antonio

Ruínas de um dos três núcleos carcerários "Aldeia dos Sentenciados", este algum tempo depois acolheu mulheres presas... Antes era proibida a presença de mulheres presas ou acompanhantes de prisioneiros.

Ruínas do complexo carcerário

Antiga estrada do Cemitério
Dona Francisquinha uma moradora antiga... é uma das pessoas mais simpáticas e agradáveis da ilha e tem muita historia pra contar...

Dona Maria de Gouveia, viúva de Mestre Gouveia, ex-apenado e faroleiro da Ilha Rata...



Botões de fardamento militar e moeda das Colonias Francesas
Vidro antigo de essência


Ruínas do antigo armazém agrícola 
É uma face da ilha, fora do foco das mídias e que estabelece um contato mais próximo com a natureza e o patrimônio histórico e imaterial do arquipélago.


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